Além das emissões tardias, os incêndios também enfraquecem as florestas e levam a incêndios ainda mais intensos nos anos subsequentes.
“Quando a floresta queima pela primeira vez, ela se torna mais suscetível a outros incêndios. As árvores perdem suas folhas e caem, esmagando outras árvores. Como resultado, há mais material combustível no chão. O ar quente também entra na floresta com mais facilidade. Em suma, ele se torna mais inflamável. Quando o segundo incêndio vem, é mais intenso e emite muito mais [gases de efeito estufa]”, disse Alencar.
Série Dia do Cerrado. Ane Alencar. Foto: Arquivo Pessoal
Ane Alencar, diretora científica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que calculou as emissões na pesquisa do Observatório do Clima - Arquivo pessoal
Marcos Freitas, coordenador do Instituto Virtual de Mudanças Globais (IVIG), vinculado ao Instituto de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, observou que as queimadas na Amazônia causam mais emissões por causa da maior concentração de biomassa em determinada área.